Princípios da cristalização

A cristalização é o segundo processo de separação mais utilizado na Indústria química. Baseia-se no princípio de que uma solução saturada ao ser resfriada ou concentrada, sofre um fenômeno de histerese, no qual uma única fase (líquida) pode sobreviver por algum tempo sem que ocorra a formação de sólido, Ao prosseguir o processo, a supersaturação atinge seu nível máximo, quando ocorre a formação dos primeiros sólidos (núcleos), tendendo a voltar ao equilíbrio do sistema pelo crescimento dos núcleos. À esta diferença denomina-se largura máxima da zona metaestável. Ao longo deste caminho, denomina-se supersaturação à diferença entre a concentração da solução e a concentração de equilíbrio naquela condição. A supersaturação é a força motriz do processo. A supersaturação em uma solução pode ser criada tanto pelo resfriamento quanto por evaporação do solvente. Existe ainda a possibilidade de ser adicionado um terceiro componente, miscível com o solvente, porém que não dissolva o soluto, diminuindo assim a sua solubilidade ("salting-out" quando o terceiro componente é um sal ou "drowing-out" quando ele for um líquido). Como em reatores químicos a operação pode ser realizada em regime contínuo ou em batelada

Embora seja regido pelos mesmos princípios básicos, a precipitação costuma ser tratada à parte devido a suas características particulares, em que a supersaturação no ponto de alimentação (supersaturação local) é sempre muito elevada, gerando na maior parte dos casos partículas muito menores.

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