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GRADIENTES TÉRMICOS O
Laboratório de Mecânica de Pavimentos (LMP) da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (FAPESP), durante o ano de 1999 construiu uma
pista experimental com pavimentos de concreto simples no campus da Cidade
Universitária em São Paulo. O
experimento foi concebido em cinco seções de teste empregando 15 placas
de concreto moldadas in loco, em
uma área de estacionamento de veículos de passeios anexa ao edifício da
engenharia civil da EPUSP. Cada seção experimental possui três placas
de concreto com diferentes características, tendo sido empregadas como
base de pavimentos a brita graduada simples e o concreto compactado a rolo. A
pista experimental para gradientes térmicos em pavimentos de concreto de
cimento Portland (PE1-GT-CCP) foi projetada com 5 seções e três placas
por seção (Figuras 1 e 2). As seção A, D e E possuem bases granulares
em brita graduada simples (BGS); as seções B e C possuem base em
concreto compactado com rolo (CCR). A seção E possui três placas de
comprimentos idênticos (5,5 m) e largura de 3,5 m; as demais seções
possuem três placas com os comprimentos de 4, 5,5 e 7,5 m e largura de
3,45 m. A seção E possui uma junta com barras de transferência de
cargas e uma junta sem tais dispositivos. As barras de transferência estão
presentes em todas as demais juntas de placas e possuem diâmetro de 32
mm. O
emprego de dois tipos de bases foi considerado tendo em vista que, além
de representarem as situações de projeto mais comumente empregadas no país,
as bases tratadas com cimento quando não aderidas ao CCP tratarem-se de
elementos indutores de tensões oriundas do empenamento da placa uma vez
que não acomodam as deformações verticais sofridas pelas placas, seja o
empenamento positivo ou negativo, apesar do fato de proporcionarem um alívio
de tensões nas placas quanto aos efeitos de carregamentos. O
espaçamento entre juntas foi escolhido de modo racional de tal forma que
permitisse uma grande variabilidade nas relações entre comprimento de
placa e seu raio de rigidez relativo (que é dependente da espessura da
placa e do módulo de reação do sistema de apoio). O
experimento tem possibilitado a coleta de informações referentes aos
gradientes térmicos em placas de concreto e deformações induzidas pelo
fenômeno do empenamento. Em
plena monitoração desde outubro de 1999, os resultados preliminares
obtidos apontam para alterações substanciais nos métodos de cálculo de
tensões em placas de concreto para pavimentos, objetivo maior a ser
consolidado nos próximos anos. Confira mais informações
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