MODELOS DE TERRENO SAM 

A idéia de se criar um MDT para a América do Sul, na época em que o trabalho foi iniciado nos anos 90, veio do fato de que os modelos globais existentes utilizavam na maior parte da região dados de cartas topográficas na escala 1:1.000.000, não possuindo uma resolução desejável para muitas aplicações.

Com efeito, já se dispunha de dados digitalizados de cartas com escalas maiores. Por outro lado, desde 2003, ficaram disponíveis os dados do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), que é um modelo digital de terreno em formato de malha regular com espaçamento de 3”, tanto em longitude como em latitude e que é analisado no trabalho de tese de doutorado “Implementação de modelos digitais de terreno para aplicações na área de geodésia e geofísica na América do Sul” (MATOS, 2005).

 A partir da integração das informações disponíveis e de esforços complementares que foram concretizados criou-se três modelos para a América do Sul com a denominação South American Model (SAM) cobrindo as latitudes  de 60o S a 25o N e longitudes de 100o W a 25o W. O sistema de referência planimétrico adotado foi o World Geodetic System 1984 (WGS84). As unidades verticais representam a altitude em metros acima do Nível Médio do Mar (NMM). Esses modelos foram assim denominados:

 

marcador

SAM_30s: este modelo, baseado no SRTM, extrai dele os dados com espaçamento da malha de 30”. Utiliza também, para os pontos onde este não possui informação, na parte continental e na área oceânica, o modelo DTM2002 (modelo disponibilizado pela Raytheon ITSS Corporation (SALEH; PAVLIS, 2002);

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Modelo:   SAM_30s.zip

marcador SAM_1mv1: basicamente idêntico ao anterior, alterando-se somente o espaçamento da malha para 1’. Na região oceânica do Brasil, em áreas muito próximas à costa, foram utilizadas cartas náuticas e folhas de bordo do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM); um pouco mais distante da costa foram usados os dados de batimetria do projeto do “Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira” (LEPLAC).Para áreas próximas à costa argentina foram utilizadas cartas náuticas do Servicio de Hidrografia Naval da República Argentina (SHN).;

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Modelo:  SAM_1mV1.zip

marcador SAM_1mv2: utiliza informações obtidas de cartas digitalizadas tanto na parte continental como oceânica, com o espaçamento da malha de 1’. Nas áreas onde não se conseguiu informação, são utilizados os dados do modelo anterior. Foram usadas cartas topográficas em diversas escalas. Para o Brasil, trabalhou-se com cartas topográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Diretoria do Serviço Geográfico (DSG) nas escalas 1:50.000 e 1:100.000. Para a Argentina e o Uruguai foram utilizadas informações de cartas nas escalas 1:250.000 e 1:100.000, respectivamente, que foram cedidas pelos órgãos cartográficos dos países, respectivamente, IGM e SGM. Na região oceânica do Brasil e da Argentina foram usadas as mesmas informações do modelo anterior (Figura 1).

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Modelo:  SAM_1mV2.zip

 

Figura 1 – Áreas de cartas digitalizadas para o modelo SAM_1mv2

A criação dos três modelos, visando a finalidade específica a que se destinam, teve como objetivo facilitar a avaliação das novas informações obtidas e permitir opções ao usuário.

As imagens em 3D e os seus respectivos histogramas das altitudes de 2013 quadrículas de 1ox1o do modelo SRTM para a América do Sul, estão disponíveis também nesta página. O Apêndice D da tese de Matos (2005) sobre análise estatística do SRTM deve ser consultado para melhor guiar o usuário em seu estudo.

 

Os perfis longitudinais e latitudinais de oito MDTs também estão disponíveis. Os mesmos passam sobre a altitude máxima de cada quadrícula do SRTM em toda a área de abrangência desta tese (2.013 quadrículas). As coordenadas dessas altitudes são também apresentadas na Tabela 57 no Apêndice D (MATOS, 2005). A análise dos modelos teve como finalidade verificar a qualidade bem como as restrições dos mesmos para as aplicações nas várias áreas.

Os modelos estudados foram:

 Todo esse esforço visou subsidiar os usuários na escolha do modelo mais adequado aos seus objetivos.

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Download PERFIS LONGITUDINAIS   

Download PERFIS LATITUDINAIS   

 

REFÊRENCIAS:

 MATOS, A.C.O.C. (2005). Implementação de modelos digitais de terreno para aplicações na área de geodésia e geofísica na América do Sul. Tese (Doutorado) — Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Disponível em:     http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-10102005-104155/.

 SALEH, J.; PAVLIS, N. K. (2002). The development and evaluation of the global digital terrain model DTM2002. [S.l.], 2002. 3rd Meeting of the International Gravity and Geoid Commission, Thessaloniki, Greece.

 Hasting, D.A., and P.K. Dunbar (1999). Global Land One-kilometer Base Elevation (GLOBE) Digital Elevation Model, Documentation, Volume 1.0. Key to Geophysical Records Documentation (KGRD) 34. National Oceanic and Atmospheric Administration, National Geophysical Data Center, 325 Broadway, Boulder, Colorado 80303, U.S.A.

JPL (2004). SRTM – The Mission to Map the World. Jet Propulsion Laboratory, California Inst. of Techn.,

Disponível em:     http://www2.jpl.nasa.gov/srtm/.

 Lemoine, F.G., S.C. Kenyon, J.K. Factor, R.G. Trimmer, N.K. Pavlis, D.S. Chinn, C.M. Cox, S.M. Klosko, S.B. Luthcke, M.H. Torrence, Y.M. Wang, R.G. Williamson, E.C. Pavlis, R.H. Rapp and T.R. Olson (1998). The development of the joint NASA GSFC and the National Imagery and Mapping Agency (NIMA) geopotential model EGM96, NASA/TP-1998-206861. National Aeronautics and Space Administration, Maryland, USA.

 MATOS, A.C.O.C. (2005). Implementação de modelos digitais de terreno para aplicações na área de geodésia e geofísica na América do Sul. Tese (Doutorado) — Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Disponível em:     http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-10102005-104155/.

 NOAA (1988). Data Announcement 88-MGG-02, Digital relief of the Surface of the Earth. NOAA, National Geophysical Data Center, Boulder, CO.

Disponível em:     http://www.ngdc.noaa.gov/mgg/global/etopo5.html.

 NOAA (2001). 2-minute Gridded Global Relief Data (ETOPO2). NOAA, National Geophysical Data Center, Boulder,CO.  

Disponível em:     http://www.ngdc.noaa.gov/mgg/fliers/01mgg04.html.

 ROW, L.W.; HASTINGS, D.A. (1994). TerrainBase Worldwide Digital Terrain Data on CD-ROM, Release 1.0, NOAA National Geophysical Data Center, Bouler, Colorado.

 ROW, L.W.; HASTINGS, D.A.; DUNBAR, P.K. (1995). TerrainBase Worldwide Digital Terrain Data – Documentation Manual, CD-ROM Release 1.0, NOAA National Geophysical Data Center, Bouler, Colorado.

Disponível em:     http://www.ngdc.noaa.gov/seg/fliers/se-1104.shtml.

 SALEH, J.; PAVLIS, N. K. (2002). The development and evaluation of the global digital terrain model DTM2002. [S.l.], 2002. 3rd Meeting of the International Gravity and Geoid Commission, Thessaloniki, Greece.

 U.S. Geological Survey (1997). GTOPO30 Global 30 Arc Second Elevation Data Set,

Disponível em:     http:// http://edc.usgs.gov/products/elevation/gtopo30/gtopo30.html

 


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Última Atualização 
em: 29-jul-2008
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