histórico                                                 Augusto Camara Neiva  
           
           
         
1. DADOS PESSOAIS
  • Brasileiro, nascido em São Paulo em 19/5/1952, 4 filhos

2. FORMAÇÃO E TÍTULOS ACADÊMICOS

  • Graduação: Engenharia Metalúrgica, Escola Politécnica da USP, 1976
  • Mestrado: Engenharia Metalúrgica, Escola Politécnica da USP, 1985
  • Doutorado: Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Escola Politécnica da USP, 1993 
  • Pós-doutoramento no exterior: Universidade de Birmingham, School of Metallurgy and Materials, 1994-1996 (18 meses), pelo CNPq. 
  • Pós-doutoramento no país: Instituto de Física da USP, Departamento de Física dos Materiais e Mecânica, Laboratório de Materiais Magnéticos, 1996-1998, pela Fapesp.

3. MAGISTÉRIO SUPERIOR

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4. ATIVIDADES DE PESQUISA, CONSULTORIA E PRODUÇÃO

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Detalhes:
1. DADOS PESSOAIS
  • Brasileiro, nascido em São Paulo em 19/5/1952, 4 filhos
2. FORMAÇÃO E TÍTULOS ACADÊMICOS
  • Graduação: Engenharia Metalúrgica, Escola Politécnica da USP, 1976
  • Mestrado: Engenharia Metalúrgica, Escola Politécnica da USP, 1985
  • Doutorado: Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Escola Politécnica da USP, 1993 
  • Pós-doutoramento no exterior: Universidade de Birmingham, School of Metallurgy and Materials, 1994-1996 (18 meses), pelo CNPq. 
  • Pós-doutoramento no país: Instituto de Física da USP, Departamento de Física dos Materiais e Mecânica, Laboratório de Materiais Magnéticos, 1996-1998, pela Fapesp.

 

3. MAGISTÉRIO SUPERIOR

3.1    ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (aulas isoladas), 1980

Departamento: Engenharia Metalúrgica

Disciplina: "Laboratório de Processos Metalúrgicos"

Professor responsável: Prof. Dr. Ciro Takano

Aulas dadas:

  • "Sinterização de Minérios de Ferro"
  • "Refino Eletrolítico de Cobre"

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3.2    FACULDADE DE ENGENHARIA INDUSTRIAL - (professor e coordenador)

Departamento: Metalurgia Admissão: 17/2/1986Nível: Professor Assistente II

Funções: professor e coordenador de área

Desligamento: licença para viagem ao exterior solicitada em 4/1/1989, e pedido de afastamento em 20/7/1992

a) Disciplinas lecionadas:

  • MT 051 - Físico-Química Metalúrgica I (1986, 1987 e 1988)

Programa: a) Introdução (Termodinâmica); b) Primeira Lei da Termodinâmica; c) Segunda Lei da Termodinâmica; d) Potenciais termodinâmicos; e) Equação de Clausius-Clapeyron; f) Termodinâmica e equilíbrio de sistemas abertos; g) Funções molares; h) Termodinâmica de sistemas gasosos.

  • MT 053 - Físico-Química Metalúrgica III (1985, 1986, 1987 e 1988)

Programa: a) Equilíbrio de fases; b) Diagrama binário; c) Diagrama ternário; d) Introdução à cinética das reações metalúrgicas; e) Reações heterogêneas; f) Difusão na fase sólida; g) Transporte de massa na fase fluida; h) Controle de velocidade das reações; i) Fenômenos interfaciais.

b) Coordenação de área:

Área: Físico-Química Metalúrgica (MT-05)                            Início: 21/12/1987

Disciplinas:

  • MT 051 - Físico-Química Metalúrgica I (Prof. Augusto Camara Neiva) (programa apresentado no item a)
  • MT 052 - Físico-Química Metalúrgica II (Prof. Luiz Carlos Martinez)

Programa: a) Equilíbrio envolvendo fases condensadas - sistemas binários; b) Sistemas multicomponentes; c) Soluções regulares; d) Reações envolvendo fases condensadas puras e gasosas; e) Termodinâmica da redução de óxidos; f) Reações envolvendo fases sólidas e líquidas; g) Eletroquímica; h) Diagrama de Pourbaix; i) Natureza física das soluções.

  • MT 053 - Físico-Química Metalúrgica III (Prof. Augusto Camara Neiva e Prof. Geraldo M. Imamura) (programa apresentado no item a)
  • MT 054 - Corrosão e Tratamentos Superficiais (Prof. Valter Galan Rivas)

Programa: a) Importância do estudo dos fenômenos de corrosão; b) Corrosão fenômeno eletroquímico; c) Corrosão atmosférica; d) Corrosão de metais pelo efeito de solos; e) Corrosão de metais imersos em água; f) Corrosão de metais por correntes dispersas; g) Corrosão de metais pela formação de frestas; h) Corrosão intergranular de aços inoxidáveis austeníticos; i) Corrosão associada a efeitos mecânicos; j) Oxidação dos metais; k) Tratamentos superficiais.

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3.3    INSTITUTO DE FÍSICA DA USP (aulas isoladas em 1992, 1993 e 1997)

    a) Disciplina  "Física dos Materiais" (FMT502), de responsabilidade do Prof. Frank P. Missell, em 1992 (aulas sobre "Diagramas de Fases") e em 1993 (desde "Introdução" até "Diagramas de Fases") (total: 2 turmas)

    Programa: a) Introdução - materiais, microestrutura, propriedades; b) Microestrutura; c) Diagramas de fases; d) Técnicas experimentais; e) Microestrutura e propriedades; f) Transformações de fase; g) Grupos de materiais - metálicos, poliméricos, cerâmicos.

    b) Disciplina "Física III", para a Escola Politécnica (FGE-295). Nesta época, eu não mantinha vínculo com o Instituto de Física (pois havia cancelado minha bolsa de pós-doutoramento) e atuava como professor e diretor de faculdade em Santos (v. Seção 3.4). Iniciei este curso para atender a um apelo do IFUSP até que algum professor pudesse me substituir. Assim, abordei apenas os 4 primeiros tópicos do curso. (total: 1 turma)

    Programa abordado: a) Análise Vetorial; b) Lei de Coulomb, Densidade de Carga, Carga Elementar; c) Campo Elétrico e Linhas de Força; d) Fluxo de Campo Elétrico, Ângulo Sólido, Lei de Gauss, Campo Elétrico na Superfície de Um Condutor.

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3.4    UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS - (diretor de faculdade e professor), 1997

    Faculdade: Faculdade de Engenharia e Ciências Tecnológicas

    Cursos: Engenharia de Alimentos, Engenharia de Computação, Engenharia de Produção e Ciência da Computação

    Funções: diretor da faculdade e professor

    Disciplina lecionada (parcialmente): Vetores e Geometria Analítica

    Programa: a) Revisão de Matemática: números decimais, grandezas proporcionais, regra de três; b) Vetores, decomposição, adição, multiplicação por escalar; c) Produto escalar; d) Produto vetorial (o curso foi interrompido nesta altura)

    Número de turmas: 4

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3.5    ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (professor em RDIDP)

Departamento: Engenharia Química

Processo seletivo: v. detalhes na Seção 11.2

Admissão: 2/3/1998                                 Nível: MS-3

Funções: professor RDIDP (sobre atividades de pesquisa, "Atividades de Pesquisa...")

Disciplinas de graduação:

PQI-153 (Química Tecnológica Geral para o Curso Quadrimestral de Engenharia de Computação, 3o Módulo Acadêmico) - aulas sobre Materiais Metálicos

PQI-253 (Química Tecnológica Geral para os cursos de Engenharia Elétrica, Civil, Produção, Automação e Sistemas, Mecânica e Naval, 2o ano) - aulas sobre Materiais Metálicos e aulas de laboratório.

PQI-353 (Química Tecnológica Geral para os cursos de Engenharia Elétrica, Automação e Sistemas, e Mecânica, 2o ano) - aulas sobre Materiais Metálicos e aulas de laboratório.

PQI-2100 (Química Tecnológica Geral, curso básico de Engenharia, 1o ano) - aulas teóricas e aulas de laboratório.

Programa das aulas teóricas sobre Materiais Metálicos (PQI-153, PQI-253 e PQI-353): a) Os materiais de Engenharia e as ligações químicas; b) Estrutura eletrônica dos materiais; c) Estrutura cristalina dos metais; d) Diagramas de fases e) Microestrutura; f) Deformação dos metais; f) Materiais metálicos mais importantes.

Programa das aulas teóricas de PQI-2100 até 2000: a) Ligações químicas; b) Eletroquímica; c) Corrosão; d) Tensoativos; e) Lubrificantes e Lubrificação; f) Combustão e Combustíveis. Após 2000, foi eliminado o tema "Lubrificantes e Lubrificação".

Programa das aulas de laboratório de PQI-253 e PQI-2100, até 2001: a) Análise de Misturas Gasosas, b) Poder Calorífico de Combustíveis, c) Viscosidade de Óleos Lubrificantes, d) Pilhas e Acumuladores, e) Obtenção e Caracterização de Revestimentos Metálicos, f) Tensoativos, g) Corrosão Galvânica e Passivação, h) Medida do Índice de Fluidez de um Polímero, i) Polimerização em Emulsão, j) Monitoramento "on-line" da Corrosão. Em 2001, foi eliminada a experiência j. Em 2002, foram agrupadas as experiências h e i.

Programa das aulas de laboratório de PQI-353: a) Análise de Misturas Gasosas, b) Poder Calorífico de Combustíveis, c) Viscosidade de Óleos Lubrificantes, e) Pilhas e Acumuladores, f) Obtenção e Caracterização de Revestimentos Metálicos, g) Tensoativos.

Disciplina de pós-graduação: Princípios da Caracterização de Materiais por Espectroscopia, Difração e Imagem (PQI-5841)

Programa: a) Caracterizar o que e para que. b) A Estrutura dos Materiais Sólidos: Ligações Químicas, Classes de Materiais, Microestrutura. c) Interação de Ondas e Partículas com Materiais: O espectro eletromagnético, elétrons, átomos, íons e nêutrons; Penetração, dano, resolução, perda, espalhamento. d) Fontes, condicionamento e detecção de feixes: Fontes foto/eletromagnéticas, fontes de elétrons, fontes de átomos e íons; Lentes, condensadores, filtros, monocromadores, etc.; Detecção de feixes foto/eletromagnéticos, detecção de elétrons, detecção de átomos e íons. e) Difração de raios X, de elétrons e de nêutrons. f) Técnicas espectrográficas: Feixe Incidente de Elétrons, de Íons e de Fótons - técnicas e aplicações. g) Formação de imagem: Microscopia Foto-Eletromagnética e Microscopia Eletrônica. h) Estudos de Caso: Identificação e Caracterização Cristalográfica e Química de Fases, Defeitos Cristalinos, Elementos Leves, Penetração/Área/Resolução, Caracterização de Superfícies, Perfis de Composição Química, Topografia da Superfície, Estados Magnéticos e de Valência.

Oferecida em 1999, 2000, 2001 e 2002.

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4. ATIVIDADES DE PESQUISA, CONSULTORIA E PRODUÇÃO

4.1    COMPANHIA SIDERÚRGICA PAULISTA, 1976 a 1979

Admissão: 12/8/1976              Desligamento: 2/7/1979

Função: engenheiro de pesquisa e desenvolvimento

Centro de Pesquisas (1976 a 1978)

O Centro de Pesquisas (Centro Tecnológico de Pesquisa Aplicada) era formado por uma equipe de engenheiros e técnicos e não dispunha de laboratórios próprios. O trabalho da equipe consistia na realização de estudos bibliográficos de apoio à produção e no planejamento da estrutura funcional e laboratorial de um futuro centro autônomo. A implantação deste centro acabou sendo adiada, e a equipe foi desmembrada, em 1978. Neste período, os principais trabalhos por mim realizados foram:

  • Área de laminação

Estudos bibliográficos sobre aços "baixa liga/alta resistência" (aços microligados com Nb e V). Deste trabalho resultaram dois relatórios (Seção 7.2, documentos A74 e A75).

  • Área de sinterização de minérios

Estudos bibliográficos sobre adição de MgO ao sínter de minério de ferro; desenvolvimento de permeâmetro para a mistura de minérios a ser sinterizada, especificação de equipamentos e laboratórios, etc. Do primeiro estudo, resultaram diversos relatórios .

Gerência de Engenharia de Processo (1979)

Na reestruturação que acompanhou a dissolução do Centro Tecnológico de Pesquisa Aplicada, criou-se uma nova gerência, voltada a centralizar a engenharia de processo da empresa. Nesta gerência, fiquei responsável pela área de alto-forno, onde desenvolvi trabalhos sobre acompanhamento da composição da escória de alto-forno, desenvolvimento de ábaco para previsão do teor de enxofre a ser obtido no gusa, etc. Destes trabalhos resultaram dois relatórios. Interessei-me também pela Aciaria, tendo gerado um relatório sobre Teoria Iônica das Escórias.

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4.2 BOLSISTA DE MESTRADO, 1979 a 1981

Instituição: Departamento de Engenharia Metalúrgica, Escola Politécnica da USP

Tema: "Efeitos de Cobalto, Níquel, Zinco e Dióxido de Enxofre sobre a Eletro-Redução de Manganês" 

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Barchese                            Fomento: CNPq, Programa PRONUCLEAR

Principais técnicas experimentais: a) preparação de soluções de alta pureza, b) eletro-redução em célula eletroquímica com diafragma, controlada por fonte retificadora estabilizada, acompanhada por meio de eletrodo de referência, e c) observação do depósito em MEV.

Publicações e aulas resultantes: do interesse por eletro-redução de Mn, resultaram dois capítulos de livro (Seção 5.6, documentos A59 e A60) e aulas oferecidas em cursos da Associação Brasileira de Metais.

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4.3 PROJETO "AVALIAÇÃO ENERGÉTICA DE FUNDIÇÕES" (CEAG-SP), 1981

Vínculo: prestação de serviços                                   Período: novembro de 1981 a março de 1982

Órgãos patrocinadores: Ministério do Planejamento, FIESP e Associação Brasileira de Fundição (ABIFA)

Coordenação: Centro de Assistência Gerencial à Pequena e Média Empresa do Estado de São Paulo (CEAG-SP)

Escopo: Avaliação do desempenho energético de doze empresas, através de visita a suas instalações industriais e consulta a seus dados de processo e contabilidade; elaboração de relatório para cada empresa; elaboração de relatório geral sobre o setor.

Empresas avaliadas:

Açotécnica S. A. Microfusão de Aços Especiais (Jandira, SP)

Cadinho Aços Finos S. A. (São Caetano do Sul, SP)

Fundição Fundalloy Ltda. (São Paulo, SP)

Fundinox Ind. e Com. de Metais Ltda (Jundiaí, SP) 

Fupresa-Hitchiner S. A. (São Paulo, SP)

Fundição Munck (Cotia, SP)

Ibramefi S. A. Ind. Bras. Art. Met. Fundidos Injetados (S.Bernardo,SP)

Microshell Ind. Met. Ltda. (São Paulo, SP)

(outras cinco empresas foram avaliadas por outro consultor)

Relatórios:

Os relatórios por empresa relacionam e comentam dados de 1979 a 1981, nos seguintes aspectos: consumo energético global, consumo de cada insumo energético em cada etapa de produção, estrutura de custos, fator de potência, demanda e consumo elétrico, uso de derivados de petróleo e coque, relação metal líquido/peças boas, descrição geral da empresa e fluxograma. 

O relatório geral, de minha autoria, baseado nos relatórios destas 12 empresas, resume as informações, subdividindo o setor de acordo com o processo de fundição utilizado, e segundo o tipo de peça ou de liga produzido.

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4.4 INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES, 1982 a 1986

Projeto: "Urânio Metálico"

Objetivo: Produção de tarugos de urânio metálico, envolvendo etapas de redução metalotérmica, refino em forno de indução sob vácuo e usinagem.

Posições:

a) Responsável pelo setor de fusão (1982 e 1983)

Neste período, estando o projeto sob coordenação do Prof. Dr. Francisco Ambrózio Filho, foi feita a recuperação de um forno de indução sob vácuo, foi idealizado e construído um novo sistema de vazamento (com erguimento do cadinho, para aumentar o aquecimento do canal de vazamento inferior, permitindo o derretimento de um tampão de urânio previamente colocado), foi instalado um sistema de jateamento sob plasma (para aplicação de um revestimento de óxido de ítrio na superfície interna dos cadinhos de grafita), etc.

b) Coordenador do projeto (1984)

Com a ampliação da equipe para 5 engenheiros e 7 técnicos, estabeleceu-se uma rotina de produção de tarugos e instalaram-se equipamentos de apoio, como serras, tornos, novos reatores para a etapa metalotérmica, mecanização do sistema de retirada do metal após a etapa metalotérmica, etc.

c) Assessor e responsável pela nova usina (1985 e 1986)

Em 1985 e 1986, o projeto passou a ser coordenado pelo Major Célio Xavier, do Exército. Assessorando-o, e com a responsabilidade de instalar a nova usina que foi então construída em terreno do IPEN, cuidei da instalação de uma unidade estanque para limpeza dos reatores metalotérmicos, da instalação de um novo forno de indução, de vestiários especiais para descontaminação e proteção radiológica, etc.

4.5 MEXTRA ENGENHARIA EXTRATIVA DE METAIS, 1986

Função: Gerente Industrial

Responsabilidades: Produção (um encarregado e 40 operários), Laboratório de Desenvolvimento e Controle (dois técnicos), e Manutenção (um encarregado e um ajudante).

Diretor: Prof. Dr. Eduardo Barchese.

Produto: Ferro-ligas e ligas não-ferrosas, principalmente de cromo.

Processos: Hidrometalurgia, aluminotermia, fusão em forno a óleo e em forno de indução, britagem e moagem.

A minha contratação, bem como a de um gerente administrativo, destinou-se a dar apoio e ampliar as funções anteriormente exercidas pelo próprio proprietário da empresa, e tinha como objetivo preparar a empresa para um grande aumento de produção, esperado em função do Plano Cruzado. A produção realmente foi extremamente aumentada, exigindo a construção de novos equipamentos, contratação de mão-de-obra, criação de novos turnos de trabalho, etc. Subseqüentemente, a empresa voltou a ser administrada apenas, novamente, pelo próprio proprietário.

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4.6 INSTITUTO DE FÍSICA DA USP, 1987 a 1994 e 1996 a 1998

Função: Técnico Especializado Superior

Vínculos:Projeto FINEP (institucional): 1/8/1987 a 13/7/1992 Bolsa CNPq/RHAE: 14/7/1992 a 13/7/1994 

Prestação de serviços: março a maio de 1996

Bolsa de pós-doutoramento FAPESP: 1/6/96 a 31/3/98, com algumas interrupções

Departamento: Física dos Materiais e Mecânica

Projetos: "Estudo de Novas Fases Terra-Rara/Metal de Transição de Interesse para Produção de Ímãs Permanentes", "Intersticiais em Fases Terra-Rara/Metal de Transição de Interesse para Ímãs Permanentes" e "Filmes Finos de Alta Coercividade".

Coordenador: Prof. Dr. Frank Patrick Missell

Atuação:

a) Estudos de fases estáveis e metaestáveis - diagramas de fases

Grande ênfase foi dada ao estudo de fases estáveis e metaestáveis de sistemas de interesse para o desenvolvimento de ímãs permanentes de terras-raras. Meu interesse dirigiu-se aos sistemas Pr-Fe (fase metaestável A1) e Pr-Fe-B (fase Pr2Fe14B), ao sistema Nd-Fe-Al (fases µ e d), ao sistema Sm-Ti-Fe (fase SmTiFe11), e sistemas Pr-Nd-Fe e Sm-Nd-Fe (fase (Pr,Nd)5Fe17 e (Sm,Nd)5Fe17). Estes estudos são importantes para a compreensão e controle do comportamento magnético dos ímãs e para o desenvolvimento de novas famílias de ímãs, de melhores propriedades ou de menor custo. As técnicas utilizadas para estes estudos foram principalmente Análise Térmica Diferencial, microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura com análise de microrregiões por energia dispersiva (na Escola Politécnica da USP), difração de raios X e ensaios magnéticos. Destes estudos resultaram inúmeros artigos no Brasil e no exterior, bem como minha Tese de Doutoramento.

b) Produção de ímãs Nd-Fe-B e Sm-Co por metalurgia do pó

O processo envolveu fusão da liga em forno a arco (ou em forno de indução, no IPT), moagem em moinho atritor (do IPT), orientação do pó em um magnetizador de campo pulsado, compactação em prensa isostática (do IPT), sinterização em atmosfera protegida (vácuo e subseqüentemente argônio), recozimento, magnetização, caracterização magnética. Este trabalho foi feito com a colaboração do Engenheiro Sérgio Romero e em conjunto com a equipe coordenada pelo Dr. Fernando Landgraf, do IPT. Destes trabalhos resultou o desenvolvimento da técnica de produção destas duas famílias de ímãs, com obtenção de amostras com características magnéticas correspondentes aos padrões internacionais.

c) Convênio de transferência de tecnologia para a Eriez Terras-Raras

O convênio de transferência de tecnologia envolveu, de um lado, o IFUSP, o IPT e a FINEP, e, do outro, a Eriez, produtora de ímãs de SmCo. Ele foi desenvolvido através de reuniões na empresa, realização de lotes experimentais no IFUSP e, eventualmente, na empresa, e elaboração de relatórios e recomendações. Como mencionado na Apresentação, esta interação foi interrompida com a falência do grupo ao qual pertencia a empresa.

d) Fases intermetálicas "3:29"

Obteve-se e caracterizou-se a fase 3:29 nos sistemas Nd-Fe-Ti, Sm-Fe-V, Nd-Fe-Mo, Sm-Fe-W e Nd-Fe-W (esta última até então não descrita na literatura). Nitretou-se a fase 3:29 do sistema Nd-Fe-Mo, obtendo-se inicialmente duas fases, com diferentes teores de nitrogênio. A otimização do processo permitiu a obtenção de uma única fase, com elevação da temperatura de Curie de 104oC para 415oC. (v. Seção 5.1, artigo A8)

e) Filmes finos de SmCo

Iniciou-se a operação do equipamento de sputtering do Laboratório de Materiais Magnéticos do IFUSP. Foram levantadas curvas relacionando taxas de deposição de Sm, Co, Cr e Ta com a potência, para diferentes pressões e vazões de argônio. Foram feitos filmes finos de Sm-Co em diferentes condições, e caracterizados por RBS, difração de raios X e magnetometria. Obtiveram-se filmes de SmCo5 com coercividades de até 18kOe. (v. Seção 5.2, artigo A22, e Seção 5.5, artigo A58)

f) Ímãs híbridos

Caracterizaram-se magnetica e microestruturalmente ímãs permanentes híbridos, contendo pós de ferrite de bário e lamelas de ímãs Nd-Fe-B/Fe-a , aglomerados com polímero. (v. Seção 5.2, artigo A21, e Seção 5.5, artigo A55)

g) Outras atividades

Coloquei em operação os equipamentos de Análise Térmica Diferencial (Netzsch), equipamento de preparação metalográfica (Arotec, Buehler, etc), microscópio óptico com luz polarizada (Zeiss Jena), e outros.

Desenvolvi um pacote de programas para aquisição e tratamentos de dados para ensaios magnéticos efetuados com magnetômetro de amostra vibrante ou susceptômetro. Inicialmente, alguns programas foram feitos em linguagem Basic, para utilização dos programas já desenvolvidos no Laboratório para microcomputadores Apple. Com a passagem para micros da linha PC, desenvolvi, com a colaboração do Físico Renato Cohen, um novo conjunto de programas para aquisição e tratamento de dados. Obtêm-se dados do magnetômetro de amostra vibrante, do medidor de campo magnético, e de temperatura. Os tratamentos de dados obtêm máximos, mínimos, cruzamentos, derivadas, regressões, etc, fornecendo automaticamente gráficos e dados como a magnetização de saturação, a magnetização remanente, os campos coercivos, o produto energético máximo, as temperaturas de Curie, etc. (v. Seção 8.3, documentos A140 e A141)

O equipamento de Análise Térmica Diferencial dispõe de software próprio, em BASIC, para aquisição e tratamento de dados. Entretanto, para facilitar tratamentos de dados adicionais destes resultados, desenvolvi um pequeno pacote de programas baseados na planilha Lotus, para correção do afastamento da linha-base, para inserção em programas gráficos, etc.

Fui responsável, parcial e informalmente, pela orientação de bolsistas de iniciação científica, então alunos de graduação do Instituto de Física: Rodolfo Politano, Taeko Yonamine, Maurício Watanabe, Suelene Silva, Márcia Emi Isejima, Fernando Rhen Júnior, Juliana Marques e Caio Márcio Moraes.

Participei do acompanhamento dos seguintes visitantes: Prof. Dr A. Ray, da Universidade de Dayton, U.S.A.; Prof. Dr Gerhard Schneider, do Instituto Max-Planck, Stuttgart, Alemanha; Prof. H. Mildrum, da Universidade de Dayton, U.S.A.; Prof. N. Suárez Almodovar, da Universidade de Havana, Cuba. Com o Dr. Schneider e com o Prof. Suárez foram desenvolvidos trabalhos que resultaram em publicações internacionais do grupo.

Representei o IFUSP na Comissão Organizadora do 11o CBECIMAT .

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4.7 MAX-PLANCK-INSTITUTE FÜR METALLFORSCHUNG, Stuttgart, Alemanha, 1989

Função: pesquisador visitante

Setor: Laboratório de Metalurgia do Pó

Período: setembro a dezembro de 1989

Coordenador: Dr. Ernst-Theo Henig                           Responsável: Dr. Bernd Grieb

Promotor: Projeto BID-USP, por solicitação do Instituto de Física da USP

Atividade: Estudo do diagrama de fases Sm-Fe-Ti, envolvendo produção de amostras por "reaction sintering" (sinterização de pós com formação de ligas), metalografia óptica e microscopia eletrônica de varredura com análise por energia dispersiva. (v. Seção 7.2, documentos A109 e A110)

Este estágio teve como resultado a identificação de uma fase nova no sistema Sm-Fe-Ti; para isso, foi muito importante a elevada qualidade da preparação e observação metalográfica praticadas naquele laboratório, e a disponibilidade de um microscópio eletrônico de varredura, equipamento que nesta época não era de fácil acesso na USP. Como produto do trabalho, gerou-se um artigo ("Phase Equilibria around SmFe11Ti at 1000oC", Seção 5.1, documento A1) de razoável repercussão (18 citações, v. Capítulo 6). Além disso, estes resultados foram utilizados em minha tese de doutoramento.

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4.8   THE UNIVERSITY OF BIRMINGHAM, SCHOOL OF METALLURGY AND MATERIALS, agosto de 1994 a janeiro de 1996

Função: pesquisador visitante, em pós-doutoramento

Tema: Nitretação de Sm2(Fe,Nb)17

Supervisor: Professor Ivor Rex Harris

Agência de fomento: CNPq 

O trabalho envolveu a comparação de diferentes técnicas de preparação da liga Sm-Fe-Nb para a nitretação, o estudo das variáveis da etapa de nitretação e o estudo do efeito da moagem pós-nitretação sobre a coercividade do pó. Para caracterização, utilizaram-se ensaios magnéticos, difração de raios X, microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura com análise química por EDXA e WDX. As técnicas de preparação envolveram os Processos HD (hydrogen decrepitation) e HDDR (hydrogenation-disproportionation-dessorption-recombination), moagem em moinho rotativo de bolas e moagem sob hidrogênio em moinho vibratório.

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4.9 TRINITY COLLEGE, DUBLIN, IRLANDA (visitante, 1 semana, 1995)

Instituto: Applied Physics Institute

Posição: Pesquisador visitante

Coordenador: Prof. M. Coey

Foi desenvolvido o estudo de nitretação de ligas Sm-Fe-V por atmosfera de NH4, caracterização por difração de raios X e magnetometria. Obteve-se elevação da temperatura de Curie, mas o aumento de coercividade foi pequeno. Os resultados foram apresentados em relatórios (Seção 9.7, documentos A94 e A115) e em trabalho apresentado no Status Seminar on Constitution and Phase Diagrams of Refractory Alloys and Magnetic Materials, Instituto de Física Gleb Wataghin, UNICAMP, Campinas, agosto de 1996 (Seção 9.6, apresentação C65). A viagem foi custeada pela Universidade de Birmingham, com fundos da Comunidade Européia.

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4.10 ESCOLA POLITÉCNICA DA USP (professor em RDIDP desde 1998)

Linha de pesquisa: "Eletrodeposição e caracterização de filmes finos eletrodepositados de elevada magneto-resistência"

Resumo: Implantou-se processo de eletrodeposição de filmes finos magneto-resistivos na forma de multicamadas ou com estrutura granular, por meio de técnica de eletrólito único. Os filmes são caracterizados microestruturalmente por difração de raios X, análise por feixes iônicos e microscopia eletrônica de varredura com análise de micro-regiões. A magneto-resistência será medida por meio de técnicas de quatro pontos, sob campo magnético gerado por eletroímã ou por bobina supercondutora.

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